Até agora, nenhuma teoria coerente e convincente foi desenvolvida para explicar completamente a patogênese da enxaqueca, embora muitos pesquisadores e especialistas enfatizem sua associação com a propagação da depressão cortical, estresse oxidativo, alterações vasculares, excitação nervosa, liberação de neurotransmissores e distúrbios eletrolíticos. A contribuição da deficiência de magnésio para a indução de depressão cortical ou neurotransmissão glutamatérgica anormal é um mecanismo provável da relação entre o magnésio e a enxaqueca.

Magnésio para tratamento da enxaqueca

Enxaqueca

A enxaqueca é uma doença neurológica caracterizada por fortes crises de cefaleia com hipersensibilidade à luz e a sons e, na maioria das vezes, náuseas e vômitos. Esta doença reduz a qualidade de vida e diminui a capacidade de produção, sendo considerada a segunda principal causa de incapacidade em todo o mundo.

Apesar do conhecimento acumulado até agora, a patogênese da enxaqueca não foi

completamente elucidada e compreendida. Durante os últimos setenta anos, muitas teorias foram desenvolvidas sobre a patogênese da enxaqueca. Muitas observações clínicas e experimentais identificaram anormalidades na liberação de neurotransmissores vasoativos e peptídeos na enxaqueca, mas não foi explicado o mecanismo desencadeante da enxaqueca em detalhe.

É urgente a necessidade de avanços científicos no sentido de buscar tratamentos que possam auxiliar no alívio dessa condição. O magnésio tem se tornado um alvo potencial de muitos desses estudos.

Qual o papel do magnésio na patogênese da enxaqueca?

O magnésio é um dos íons mais importantes envolvidos no metabolismo celular e mitocondrial. Participa de inúmeras reações enzimáticas, além de manter o equilíbrio das membranas das células, influenciando sua permeabilidade e reduzindo a possibilidade de despolarização espontânea. Afeta a excitabilidade e a condução nervosa no sistema nervoso periférico e também no sistema nervoso central, por isso desempenha um papel importante no curso da crise de enxaqueca.

A depressão cortical persistente durante os ataques de enxaqueca está ligada à ativação dos receptores N-metil-d-aspartato (NMDA), de modo que esses receptores podem ser um alvo para o tratamento da enxaqueca. O metabolismo adequado de magnésio e cálcio é importante para o funcionamento desse receptor.

Os íons de magnésio bloqueiam os receptores NMDA. Neste mecanismo, inibem o fluxo de cálcio neuronal, de modo que podem desempenhar um papel na iniciação e manutenção da sensibilização central após estimulação nociceptiva.

Portanto, a hipomagnesemia pode potencializar a neurotransmissão glutamatérgica, promover excitotoxicidade e reduzir o bloqueio das sensações nociceptivas nos centros espinhais, o que provavelmente está diretamente relacionado à cefaleia no curso da crise de enxaqueca.

O estudo conclui que, de modo geral, o uso de magnésio oral representa uma alternativa de baixo custo e bem tolerada para o tratamento de pacientes com enxaqueca. A suplementação de magnésio pode reduzir a frequência das crises, reduzir os custos do tratamento e seus efeitos colaterais.

Referência

Domitrz, Izabela, and Joanna Cegielska. “Magnesium as an Important Factor in the Pathogenesis and Treatment of Migraine-From Theory to Practice.” Nutrients vol. 14,5 1089. 5 Mar. 2022, doi:10.3390/nu14051089


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