
As mitocôndrias
As mitocôndrias são importantes organelas em nossas células que controlam, principalmente, nosso metabolismo energético. É nelas que ocorre a respiração celular, um processo em que moléculas orgânicas são utilizadas na fabricação de adenosina trifosfato (ATP), que é a principal fonte de energia das células.
Assim, fica fácil entender que a vida depende da saúde mitocondrial, não é mesmo?
As mitocôndrias são pequenas fábricas em nossas células que carregam os alimentos que comemos e o oxigênio que respiramos e convertem em energia que é usada para todas as diferentes funções do nosso corpo.
Quando as mitocôndrias não estão funcionando corretamente, o metabolismo funciona de forma menos eficiente. Durante nossas vidas, danos constantes e cumulativos afetam nossas mitocôndrias e isso faz com que elas fiquem defeituosas, malformadas e parem de produzir energia.
Quando elas estão danificadas, sofremos inúmeros sintomas como baixa energia, fadiga, perda de memória, dores difusas, sinais de envelhecimento precoce, entre outros.
Doenças críticas
Pacientes sobreviventes de doenças críticas frequentemente apresentam déficits residuais clínicos, neurológicos, sensoriais e/ou motores. As taxas de mortalidade são mais elevadas nessa população.
Mesmo cinco anos após a alta de uma unidade de terapia intensiva (UTI), muitos pacientes sofrem de função pulmonar prejudicada, fraqueza e capacidade reduzida de realizar exercícios vigorosos. Além das limitações físicas, muitos sobreviventes se queixam de isolamento social, disfunção sexual, ansiedade, depressão e outras questões de saúde mental. Essa miríade de sintomas é conhecida como síndrome pós cuidados intensivos. Como consequência, os sobreviventes da UTI são mais propensos a serem readmitidos no hospital e na UTI, e demandam mais cuidados domiciliares em comparação com pacientes hospitalizados fora da UTI.
Dados recentes apontam para a disfunção mitocondrial como determinante nesse fenômeno. O aumento dos níveis de lactato e a diminuição da produção mitocondrial de ATP são achados comuns durante as doenças críticas em associação com a diminuição da atividade dos complexos mitocondriais musculares no sistema de transferência de elétrons. Em conjunto, a evidência de que o comprometimento da função bioenergética mitocondrial no músculo desempenha um papel crucial na determinação da recuperação de uma doença crítica é convincente.
Na busca pela melhora na qualidade de vida desses pacientes, um estudo formulou uma visão geral do conhecimento da função mitocondrial e apresentou os nutrientes essenciais para a função mitocondrial. As vitaminas B e ácido lipóico são essenciais no ciclo ácido tricarboxílico, enquanto selênio, tocoferol, Coenzima Q10, cafeína e melatonina impulsionam a função do sistema de transferência de elétrons. A carnitina é essencial para a beta-oxidação do ácido graxo. Selênio é envolvido na biogênese mitocondrial.
Importante, o funcionamento bioenergético mitocondrial é ótimo quando substratos e cofatores nesta rede estão disponíveis na combinação ideal. Deficiências combinadas são provavelmente mais comuns. Logo, o papel da suplementação combinada é indiscutível.
Referências