Potencial quimioterápico do 
hibisco

O Hibiscus sabdariffa, conhecido como hibisco, é uma planta bastante popular em todo o mundo por sua capacidade antioxidante e vários outros benefícios, sendo bastante utilizada para o tratamento de hipertensão, hipercolesterolemia, hiperlipidemia, diarreia e muitas outras doenças. Os extratos de hibisco apresentam poderosos efeitos protetores contra neurotoxicidade, hepatotoxicidade e complexidades relacionadas ao diabetes. No entanto, a investigação do potencial quimioterápico do hibisco começou apenas no início da década passada, mas com registro de resultados animadores.

Potencial anticancerígeno

O câncer é a transformação de células normais em células anormais ou malignas que são autossuficientes para se multiplicar e crescer rapidamente. Decorre de uma mutação em genes que controlam e regulam o crescimento celular, fazendo com que as células afetadas se propaguem de forma descontrolada. 

O processo de cancerogênese é auxiliado pela perda de divisão celular controlada, interrupção da morte celular programada ou apoptose, iniciação da angiogênese e metástase. Várias outras condições fisiológicas como hipertensão, hiperlipidemia, hipercolesterolemia e hiperglicemia também contribuem para a ocorrência, progressão e metástase do câncer. 

Estudos têm investigado o potencial anticancerígeno do hibisco. As pesquisas têm relatado resultados animadores, como atividade citotóxica , antiproliferativa, antimutagênica, apoptótica, antiangiogênica e antimetastática da planta, tanto em células humanas como em modelos animais.

Esses efeitos se devem à rica composição de polifenóis e fitocompostos da planta. Dois polifenóis presentes em sua composição, o delfinidina-3-sambubiósido (Del-3-sam) e o ácido protocatecuico (PCA), exibiram potencial indutor de apoptose em células de leucemia humana e células de câncer gástrico, respectivamente.

Resultados animadores

O artigo referenciado abaixo sugere que a apoptose induzida pelo extrato de hibisco pode ser estimulada pelo estresse e um aumento no nível de espécies reativas de oxigênio. Esses estímulos são ainda mediados pela via extrínseca e intrínseca da apoptose.

Foi relatado ainda um forte potencial regulador de proteínas pró-apoptóticas e de sinalização de morte em cascata de caspase mediada.

O estudo conclui que o hibisco e seus fitoquímicos são potentes agentes anticancerígenos, embora ainda subexplorados para aplicações quimioterápicas. 

Com registro de baixa toxicidade e tolerabilidade, uma adequada configuração clínica pode ajudar a recomendar o Hibiscus sabdariffa como um suplemento fitoterápico para pacientes com câncer. Os resultados atuais reforçam a validade de mais estudos explorando esse potencial.

Referência

Laskar YB, Mazumder PB. Insight into the molecular evidence supporting the remarkable chemotherapeutic potential of Hibiscus sabdariffa L. Biomed Pharmacother. 2020;127:110153. doi:10.1016/j.biopha.2020.110153


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