Os alimentos podem ter efeitos anti-inflamatórios ou pró-inflamatórios em nosso organismo. Mais do que isso, os hábitos alimentares podem modular a neuroinflamação de baixo grau associada a doenças neurodegenerativas. Os alimentos que inflamam oferecem riscos e colocam nossa saúde em perigo. 

Alimentos que inflamam

Alimentos, neuroinflamação e doenças degenerativas

Hábitos alimentares pró-inflamatórios prolongados ao longo do tempo podem desencadear neuroinflamação e doenças neurodegenerativas.

A propagação do estado inflamatório do intestino para o sistema nervoso central envolve a quebra de duas barreiras biológicas: a barreira intestinal e a barreira hematoencefálica.

A barreira intestinal deve ser impermeável, principalmente às moléculas da dieta que não são completamente digeridas. Sua quebra permite que micróbios, endotoxinas, moléculas imunocompetentes, células T, citocinas e fragmentos de alimentos não digeridos entrem na circulação ocasionando uma resposta inflamatória sistêmica.

A formação de anticorpos contra moléculas de alimentos não digeridos, que se assemelham a algumas proteínas do cérebro, pode direcionar os processos pró-inflamatórios para a barreira hematoencefálica.

Nesta condição, tais moléculas atravessam a barreira hematoencefálica e acionam células microgliais. A microglia regula a atividade pró-inflamatória dos astrócitos que destroem neurônios dando início a processos inflamatórios em diferentes áreas do cérebro.

A contrapartida

Em contrapartida, moléculas produzidas pela microbiota intestinal eubiótica, como os AGCC e derivados de triptofano, fruto e galacto-oligossacarídeos, podem modular a atividade da microglia e dos astrócitos e suprimir a neuroinflamação.

A condição eubiótica da microbiota é anti-inflamatória, enquanto a condição disbiótica é pró-inflamatória, sendo determinada fortemente pelo estilo de vida e hábitos alimentares.

Ômega-3, presente em óleo de peixes, vitaminas A e D, B12, PP, E e C, magnésio, zinco, selênio, ácido alfa-lipóico, N-acetilcisteína, glutationa e polifenóis têm propriedades anti-inflamatórias e são importantes para a microbiota intestinal saudável.

Podemos dizer que a microbiota e os alimentos estão relacionados entre si, na doença e na saúde.

Referência

Riccio, Paolo, and Rocco Rossano. “Undigested Food and Gut Microbiota May Cooperate in the Pathogenesis of Neuroinflammatory Diseases: A Matter of Barriers and a Proposal on the Origin of Organ Specificity.” Nutrients vol. 11,11 2714. 9 Nov. 2019, doi:10.3390/nu11112714


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