
A obesidade tornou-se uma epidemia global e uma crise de saúde pública no mundo ocidental. Dietas altamente calóricas e estilos de vida sedentários foram identificados como contribuintes significativos para este problema generalizado, embora o papel da genética e de fatores sociais e ambientais na patogênese da obesidade não seja ainda completamente compreendido. As soluções apontam para a importância da modulação intestinal.
Um microbioma disbiótico está ligado à fisiopatologia de várias condições metabólicas, incluindo a obesidade. Recentemente, muita atenção tem sido dada à contribuição da microbiota intestinal no desenvolvimento de obesidade.
Evidências sugerem que até 57% da composição microbiana intestinal é explicada apenas pela dieta, em comparação com meros 12% explicados pela variação genética.
Modulação intestinal
A microbiota intestinal modula o balanço energético extraindo calorias de carboidratos indigeríveis na dieta humana, que são fermentados em ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs) e outros metabólitos.
A influência positiva dos AGCCs no peso corporal está associada à regulação positiva de vários genes termogênicos que levam ao aumento da função mitocondrial, escurecimento do tecido adiposo e ativação da oxidação lipídica através das vias de sinalização intestinal-neural.
A sinalização de AGCC estimula a secreção do GLP-1 das células intestinais e promove a gliconeogênese intestinal, vias que atuam para aumentar a sensibilidade à insulina e reduzir o apetite.
Particularmente, o propionato pode se ligar a receptores na superfície das células epiteliais, promovendo a secreção de GLP1 e PYY e aumentando a saciedade no hospedeiro.
Modulação como tratamento
Pré e probióticos são uma potencial via terapêutica na remodulação da microbiota. Cepas específicas de Lactobacillus e Bifidobacterium mostraram propriedades anti-obesogênicas consistentes na maioria dos estudos em humanos e animais, incluindo L. casei, L. rhamnosus, L. gasseri, L. plantarum, B. infantis, B. longum e B. breve.
O uso de fibras associadas a alimentos funcionais e a cepas de Lactobacillus, Bifidobacterium selecionados, além de potencialmente reverter a disbiose, pode oferecer um meio eficaz de combater a obesidade e suas comorbidades.
Referência
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