O transtorno do espectro autista (TEA) inclui uma série de condições que afetam a interação social, comunicação, interesses e comportamentos de uma pessoa. Está estabelecido que o TEA possui tendência hereditária importante, mas pesquisas sugerem ser influenciado também pela nutrição materna. O uso de multivitamínicos pela mãe pode estar associado a um risco menor de desenvolvimento do autismo na criança.

Hereditariedade e nutrição materna
A hereditariedade dos transtornos do espectro do autismo está estimada entre 50% e 80%, mas fatores de risco não hereditários também contribuem para uma proporção dos risco de TEA. Pesquisas sugerem que o TEA se desenvolve no pré-natal.
A nutrição materna influencia o neurodesenvolvimento e pode influenciar o risco de TEA. No entanto, os resultados de estudos populacionais têm sido inconsistentes.
Pesquisas indicam que o TEA, provavelmente, se desenvolve no útero e que a dieta de uma mãe durante a gravidez pode ter certa influência. Mas os resultados de estudos anteriores têm sido inconsistentes, sugerindo que outros fatores, como a saúde e o estilo de vida geral, também poderiam desempenhar um papel.
Multivitamínicos na gestação
Uma pesquisa avaliou se a suplementação de nutrientes durante a gravidez está associada à redução do risco de TEA, seja associado ou não à deficiência intelectual.
As mulheres relataram o uso de ácido fólico, ferro e suplementos multivitamínicos na primeira consulta pré-natal e os casos de TEA infantil foram identificados a partir de registros nacionais.
Os pesquisadores descobriram que o uso de multivitamínicos, com ou sem ácido fólico adicional, estava associado a uma menor probabilidade de TEA infantil com deficiência intelectual em relação às mães que não usavam ácido fólico, ferro e multivitaminas.
“Juntas, as três análises parecem apontar para uma potencial associação inversa entre o uso de multivitamínicos com TEA com deficiência intelectual”, dizem os autores. Pesquisas futuras precisam explorar se esta associação é específica para o autismo ou reflete o risco de deficiência intelectual.
Dado o entendimento atual e a força das evidências que sustentam a importância da suplementação nutricional durante a gravidez, esses resultados por si só não devem mudar a prática atual. No entanto, reforçam a importância de se avaliar adequadamente as individualidades de cada gestante e suplementar corretamente.
Referência

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