Mulheres com metabolismo de carboidratos prejudicado têm um alto risco de complicações cardiovasculares fatais durante o período de extinção de função ovariana. Nessas condições, a menopausa é um problema multidisciplinar que requer a participação de médicos de diversas especialidades para estudar e desenvolver estratégias ótimas de tratamento e prevenção.

Menopausa
A menopausa é definida como um preditor de síndrome metabólica associada à resistência à insulina. Estudos demonstram que a gravidade da síndrome da menopausa se correlaciona com índice de massa corporal, e a presença de síndrome metabólica nas mulheres está associada com baixos níveis físicos e mentais de qualidade de vida. Uma diminuição progressiva dos níveis de estrogênio em mulheres mais velhas está associada ao desenvolvimento e aumento de resistência à insulina, dislipidemia, obesidade, ativação do sistema simpatoadrenal, e disfunção endotelial. A presença inicial de síndrome metabólica aumenta a gravidade dos distúrbios metabólicos e endócrinos.
Metabolismo de carboidratos na menopausa
Os hormônios sexuais femininos coordenam o metabolismo de gorduras e carboidratos no organismo, ativando a lipólise e inibindo a síntese de frações lipídicas aterogênicas.
Com a diminuição dos níveis de estrogênio, a menopausa acaba sendo um preditor de síndrome metabólica associada à resistência à insulina.
Parece justificado o uso de estratégias terapêuticas com efeito antioxidante, em particular β-caroteno, ácido ascórbico, selênio, zinco e ômega-3. Assim como a busca por métodos não farmacológicos que visem melhorar o perfil metabólico, interrompendo as manifestações subjetivas da síndrome menopausal em mulheres com síndrome metabólica durante a transição à menopausa.
Multidisciplinaridade no tratamento e prevenção
Um estudo controlado randomizado avaliou o efeito de métodos de tratamento não medicamentosos, além de mudanças no estilo de vida, no metabolismo de carboidratos em mulheres com distúrbios da menopausa durante a transição da menopausa e síndrome metabólica.
As 330 mulheres de 45 a 50 anos foram divididas em 5 grupos: GI utilizou tratamento básico, fisioterapia, balneoterapia, polivitamínicos e minerais, além de fatores fisioterapêuticos (terapia vibratória, cromoterapia, meloterapia, aromaterapia, aeroionoterapia).
No GII, a cromoterapia foi excluída dos métodos acima. Para o GIII foi excluída a terapia vibratória. No GIV não foi utilizada fisioterapia e no GV foi utilizado apenas tratamento básico.
Nas mulheres com síndrome da menopausa leve, a maior regressão da glicemia, insulina e do índice HOMA-IR foi observada com os grupos I, II e III, que incluíam fisioterapia. Já nas mulheres com síndrome de grau moderado, o programa de tratamento I acabou sendo ideal para normalizar o metabolismo de carboidratos.
Os resultados do estudo indicam o efeito positivo de programas abrangentes para a correção não medicamentosa de distúrbios da menopausa nos indicadores do metabolismo de carboidratos.
Referências
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