A doença cardiovascular é uma das principais causas de mortalidade no mundo. Portanto, o prognóstico precoce e a prevenção primária eficaz são essenciais para controle dessa doença fatal. A avaliação da Gama GT nos exames laboratoriais pode contribuir para os cuidados da saúde cardiovascular.
Gama GT sérica
Gama-glutamiltransferase sérica (GGT), um marcador comumente usado de doença hepatobiliar e consumo excessivo de álcool, é uma enzima da membrana plasmática que pode degradar antioxidante circulante glutationa (GSH) e aumentar a síntese de GSH intracelular por assimilação e reutilização do aminoácido precursor.
Estudos epidemiológicos sugerem que a GGT sérica está relacionada com a incidência de doenças crônicas não transmissíveis. A GGT sérica demonstrou ter efeitos pleiotrópicos variando de antioxidante a pró-oxidante, mas essa alteração entre as atividades nas doenças clínicas não é bem compreendida.
Enquanto existem estudos prospectivos que relatam papel independente da GGT sérica na patogênese e na evolução clínica de doenças e mortalidade cardiovascular, há outros que são contrários.
Marcador na saúde cardiovascular
A meta-análise referenciada objetivou esclarecer resultados contraditórios entre a GGT sérica e o risco de mortalidade cardiovascular, assim como avaliar precisamente a forma da associação entre os níveis séricos de GGT e mortalidade. Nove estudos prospectivos, incluindo 527.589 participantes e mais de 7.011 casos, foram incluídos.
Os achados indicam que a atividade sérica da GGT na faixa normal pode ser um preditor individualizado na triagem de incidentes cardiovasculares.
Há um aumento incremental na mortalidade cardiovascular de aproximadamente 9% para homens e 12% para mulheres por 10 U/L de elevação da GGT.
Quando estratificada por idade, a análise de subgrupo revelou uma relação mais forte entre a GGT e a mortalidade cardiovascular nos idosos. Além disso, demonstrou-se que a GGT está positivamente associada a vários fatores de risco, como IMC e diabetes mellitus.
A GGT na faixa normal pode ser um preditor individualizado na triagem de incidentes cardiovasculares. Mais pesquisas são necessárias para esclarecer melhor os mecanismos e examinar os potenciais modificadores da relação entre a GGT e a mortalidade cardiovascular.
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