A obesidade tem sido associada a um aumento na duração do padrão alimentar contínuo diário. A alimentação com restrição de tempo (TRE) representa uma estratégia alimentar alternativa para controlar a obesidade e doenças metabólicas. Estudos pilotos mostraram que a TRE melhora os marcadores de regulação da glicose em indivíduos com obesidade.

O tecido adiposo é o principal depósito de energia e desempenha um papel crítico na resposta adaptativa ao jejum.
Reduções na glicemia de jejum são universalmente relatadas em resposta ao TRE e podem refletir uma melhora na sensibilidade à insulina hepática. Podem também ser resultado do maior período de jejum imposto por um protocolo TRE, com depleção parcial dos estoques de glicogênio hepático e provável contribuição para a redução da glicemia de jejum.
Alguns estudos sugerem que a TRE aumenta a saciedade e reduz a fome pré-refeição, o desejo de comer e o consumo prospectivo à noite.
Curiosamente, os sentimentos subjetivos de apetite alterado em resposta à alimentação com restrição de tempo podem induzir uma mudança na preferência por comer mais cedo no dia, o que pode promover perda de peso e controle glicêmico.
Jejum, glicemia e obesidade
Um estudo muito recente examinou os efeitos da TRE, por 8 semanas, no metabolismo da glicose e no transcriptoma do tecido adiposo durante uma internação metabólica em 15 homens com obesidade.
A alimentação com restrição de tempo não alterou as respostas glicêmicas ao café da manhã e aumentou a resposta glicêmica ao jantar, mas reduziu o peso corporal e a massa gorda, a glicemia de jejum, a hemoglobina glicada e os perfis glicêmicos de 24 horas.
Também atenuou as vias dependentes de energia envolvidas no funcionamento do proteassoma e na regulação do mitorribossoma no tecido adiposo, com 117 genes regulados positivamente pela TRE
Como o estudo foi realizado apenas com homens brancos obesos, os achados não podem ser estendidos diretamente para outros grupos de indivíduos, como mulheres ou pessoas com DM2. Ainda assim, a TRE teve efeito em melhorar o controle glicêmico e amortecer as vias de consumo de energia no tecido adiposo, fornecendo novas evidências de que poderia ser uma estratégia terapêutica para pacientes com obesidade e pré-diabetes.
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