Os fatores nutricionais desempenham um papel significativo no desenvolvimento e na progressão da doença de Hashimoto. A dietoterapia indicada para pacientes com Hashimoto é baseada na nutrição adequada do corpo e na regulação do sistema imunológico por uma dieta anti-inflamatória. Estudos observacionais e controlados mostraram deficiências nutricionais frequentes em pacientes com doença de Hashimoto.

Doença de Hashimoto: o que é
Hashimoto é uma doença autoimune na qual ocorre a destruição da tireóide como resultado da infiltração de linfócitos. É causada por níveis aumentados de anticorpos contra a peroxidase da tireóide (TPO) e tireoglobulina (TG). Em pacientes com a doença são observadas alterações no nível e no metabolismo dos hormônios tireoidianos, produzindo sintomas físicos e psicológicos.
Ao apontar as causas para a doença de Hashimoto, os fatores genéticos são os mais importantes. No entanto, os fatores ambientais são necessários para provocar o ataque do sistema imunológico até que o processo termine. Os cientistas indicam especialmente estresse, intoxicação, disbiose da microbiota e sub ou supernutrição como gatilhos significativos.
Fatores nutricionais
O excesso ou a deficiência de nutrientes, a exposição a metais pesados, toxinas, incluindo desreguladores endócrinos como bisfenóis, ftalatos, drogas e outros provocam o sistema imunológico a superproduzir anticorpos para antígenos da tireoide.
A doença imunomediada requer uma dieta com foco em apoiar o sistema imunológico na regulação dos processos inflamatórios, com destaque para adequada ingestão de proteínas, fibras alimentares e Ômega 3. Também é importante a eliminação de antígenos alimentares.
Pacientes com doença de Hashimoto frequentemente devem eliminar a lactose devido à intolerância e interações com levotiroxina. O glúten deve ser retirado da dieta por possíveis interações da gliadina com antígenos tireoidianos.
Além disso, devemos atentar para a ingestão de vitaminas e minerais utilizados no metabolismo da tireoide e como elementos de defesa do sistema imunológico contra o estresse oxidativo. As deficiências de vitaminas e minerais estão intimamente relacionadas com a condição do órgão e, portanto, de todo o organismo.
Cuidado com as deficiências nutricionais
O estresse oxidativo está associado à progressão da doença de Hashimoto. Por isso um papel tão importante na proteção da tireoide é atribuído aos antioxidantes, como o selênio.
Ensaios observacionais e controlados mostraram deficiências nutricionais frequentes em pacientes com Hashimoto, principalmente dos minerais Se, K, I, Cu, Mg, Zn, Fe e das vitaminas A, C, D e do complexo B.
Deficiências nutricionais e inflamação crônica acompanhada de disbiose intestinal indicam hábitos alimentares não saudáveis, incluindo ingestão inadequada de vegetais e frutas, alimentos que suportam o potencial antioxidante do plasma e do corpo.
Ao reparar esses aspectos da nutrição, melhoramos o estado nutricional dos pacientes e auxiliamos na terapia da doença.
Referência
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