A falta de vitamina D pode trazer consequências para diversas funções do corpo humano, desde os ossos até a imunidade

A falta de vitamina D é um problema de saúde cada vez mais comum, com implicações sérias para o bem-estar físico e mental. Conhecida por seu papel essencial na saúde óssea, a vitamina D também é fundamental para o sistema imunológico e diversas outras funções do corpo. Neste artigo, você vai ler:
- Papel da vitamina D no organismo;
- Fontes de vitamina D;
- Sintomas da deficiência de vitamina D;
- Consequências da falta de vitamina D;
- Falta de vitamina D e síndrome metabólica.
Papel da vitamina D no organismo
A vitamina D desempenha um papel essencial no organismo, sendo crucial para diversas funções biológicas. Neste sentido, um dos principais benefícios da vitamina D é a regulação do metabolismo do cálcio e fósforo, minerais essenciais para a saúde óssea.
Além disso, ela facilita a absorção de cálcio no intestino, ajudando a manter os níveis adequados desse mineral no sangue, o que é fundamental para o desenvolvimento e a manutenção dos ossos e dentes. Portanto, a falta de vitamina D pode levar a condições como osteoporose e raquitismo.
Além de sua importância para os ossos, a vitamina D tem funções imunológicas, ajudando a regular a resposta imune e protegendo o corpo contra infecções. Ela também está envolvida na modulação do crescimento celular e na prevenção de doenças crônicas, como doenças autoimunes, diabetes e alguns tipos de câncer.
Recentemente, estudos têm mostrado que níveis adequados de vitamina D podem melhorar a saúde cardiovascular e até mesmo a função cognitiva, destacando seu papel como um nutriente multifuncional.
Fontes de vitamina D
A vitamina D pode ser obtida por meio da exposição ao sol, pela alimentação e através de suplementos.
Contudo, a exposição ao sol é a principal forma de síntese de vitamina D no corpo, especialmente quando a pele é exposta diretamente à luz solar, sem bloqueadores solares. Cerca de 15 a 30 minutos de exposição diária podem ser suficientes para a produção de quantidades adequadas, dependendo de fatores como cor da pele, local geográfico e estação do ano.

Além disso, as principais fontes alimentares de vitamina D incluem:
- Peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha);
- Óleo de fígado de bacalhau;
- Gemas de ovos;
- Fígado bovino;
- Cogumelos expostos à luz UV;
- Laticínios fortificados (leite e iogurte);
- Bebidas vegetais fortificadas (leites de soja, amêndoa);
- Cereais fortificados;
- Suco de laranja fortificado.
No entanto, para pessoas com baixa exposição ao sol ou necessidades aumentadas, como idosos ou grávidas, a suplementação de vitamina D pode ser recomendada.
Sintomas da deficiência de vitamina D
A deficiência de vitamina D pode ser silenciosa no início, mas com o tempo, pode manifestar-se através de diversos sinais e sintomas. Por exemplo, níveis baixos de vitamina D podem afetar os níveis de energia e levar a uma sensação de cansaço persistente.
A falta de vitamina D compromete a absorção de cálcio, o que pode resultar em dores ósseas, especialmente nas costas e nas pernas. Além disso, a deficiência de vitamina D está associada à diminuição da força muscular, o que pode prejudicar a mobilidade.
Como a vitamina D desempenha um papel importante no sistema imunológico, sua deficiência pode aumentar a suscetibilidade a infecções, como gripes e resfriados. Ainda neste sentido, pessoas com baixos níveis de vitamina D podem perceber que feridas e lesões demoram mais para cicatrizar.
Em alguns casos, a deficiência de vitamina D pode estar associada à perda de cabelo, principalmente em mulheres. Por fim, estudos mostram que a falta de vitamina D pode contribuir para quadros de depressão e ansiedade, devido à sua ligação com o bem-estar mental.

Consequências da falta de vitamina D
A deficiência prolongada de vitamina D pode trazer graves consequências para a saúde, afetando várias funções do corpo. Entre as principais consequências da falta de vitamina D estão:
- Osteoporose e osteomalácia;
- Doenças autoimunes;
- Problemas cardiovasculares;
- Comprometimento cognitivo;
- Depressão;
- Infecções crônicas.
Portanto, manter níveis adequados de vitamina D é fundamental para evitar essas complicações e garantir o bom funcionamento do organismo.
Falta de vitamina D e síndrome metabólica
A deficiência de vitamina D tem sido associada à síndrome metabólica (SM) e seus resultados relacionados, incluindo diabetes tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares (DCV), infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Com evidências crescentes da presença de receptores de vitamina D em vários tecidos, como rim, pâncreas, próstata e sistema imunológico, seu papel na saúde e na doença se expandiu e tem sido atribuído a funções de atividade hormonal.
No entanto, é difícil extrapolar as descobertas da população ocidental para a população asiática, considerando que o metabolismo da vitamina D é afetado por diferenças geográficas e étnicas.
Portanto, o estudo Association of Vitamin D Status With Metabolic Syndrome and Its Individual Risk Factors: A Cross-Sectional Study foi realizado na Índia para determinar a prevalência de deficiência de vitamina D em pacientes com síndrome metabólica e para estudar as correlações de componentes individuais da síndrome com níveis de 25-hidroxi-vitD.
O estudo incluiu 235 pacientes com idade entre 30 e 70 anos que preenchiam os critérios para síndrome metabólica e a prevalência de insuficiência de vitamina D, mantendo o ponto de corte de 30 ng/ml, foi de 87,7%, e com ponto de corte de 20 ng/ml foi de 76%, com valor médio de 19,1 ng/ml.
Os resultados também demonstraram que a deficiência de vitamina D nesta população está correlacionada com o aumento da pressão arterial e da glicemia de jejum e parâmetros do perfil lipídico, como colesterol total, TG e LDL.
Além disso, a hipovitaminose D parece ser um fator de risco para componentes da síndrome metabólica e seus desfechos para essa população, assim como refletido pelos estudos ocidentais.

Embora a vitamina D seja uma vitamina lipossolúvel obtida através da exposição solar, a produção de pré-vitamina D3 é mínima acima dos 35 graus de latitude. Isso pode ser explicado por mudança de estilo de vida e hábitos alimentares, sedentarismo, redução da exposição solar por roupas e protetores solares e o aumento da absorção de poluentes UVB.
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