As bactérias do ácido láctico, como são conhecidas, ou apenas bactérias lácticas, estão presentes em diversos alimentos do cotidiano, dos produtos fermentados às carnes.

Efeito de bactérias lácticas na saúde e tratamento da obesidade
Quando consumidas de forma adequada, os efeitos causam diversos benefícios à saúde, ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, melhoram a digestão e até melhoram a absorção de nutrientes. Esse consumo pode auxiliar inclusive no equilíbrio do peso e do metabolismo.
A disbiose associada à obesidade
É amplamente reconhecido que a composição da microbiota intestinal acarreta o perfil metabólico de um indivíduo e que a disbiose e a baixa diversidade de espécies estão associadas à obesidade.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A obesidade se correlaciona, na maioria dos casos, com mudanças na abundância relativa de dois filos bacterianos dominantes no intestino, Bacteroidetes e Firmicutes.⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Acredita-se que a microbiota promove a obesidade ao aumentar a capacidade do hospedeiro em extrair energia dos alimentos ingeridos, controlar a ingestão de alimentos e a distribuição de energia.
Uso das bactérias lácticas na redução da gordura
Acredita-se que certas cepas de bactérias lácticas presentes em probióticos possam influenciar o peso corporal e o metabolismo.
Alguns estudos sugerem também que certos probióticos podem ajudar na perda de peso e na redução da gordura corporal. Esses probióticos podem influenciar a regulação do apetite, a absorção de nutrientes, o metabolismo da gordura e a inflamação, entre outros mecanismos.
Estudo com LAB
Hoje trago um estudo que teve como objetivo avaliar o efeito de bactérias lácticas não inflamatórias (LAB), com diferentes capacidades adipo e imunomoduladoras sobre parâmetros metabólicos e imunológicos e a composição da microbiota intestinal em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica.
Foram selecionados três cepas LAB, com características específicas, Limosilactobacillus fermentum CRL1446, Lactococcus lactis CRL1434 e Lacticaseibacillus casei CRL431) para serem estudadas no ensaio in vivo.
As cepas CRL1446 e CRL1434 induziram alterações significativas no peso corporal e do tecido adiposo e no tamanho dos adipócitos. Além disso, essas cepas causaram diminuição dos níveis plasmáticos de glicose, colesterol, triglicerídeos, leptina, TNF-, IL-6 e aumento de IL-10.
As 3 cepas causaram diminuição no índice e diversidade de Firmicutes/Bacteroidetes. Porém, a cepa CRL431 aumentou o nível de leptina e não alterou os perfis de citocinas.
Resultado e conclusões
Os resultados sugerem que CRL1446 e CRL1434 podem ser utilizadas como cepas probióticas adjuvantes para o tratamento nutricional da obesidade e sobrepeso, enquanto a cepa CRL431 pode ser mais benéfica em patologias que requerem regulação do sistema imunológico.
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Agora me conta, faz parte da sua pratica clínica incluir probióticos como estratégia para tratar a obesidade?
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