O cranberry é um fruto originário dos Estados Unidos, Canadá e Chile. No Brasil, é também conhecido como oxicoco, arando-vermelho, mirtilo-vermelho ou airela. O cranberry é tradicionalmente utilizado contra infecções do trato urinário (ITUs). Por isso, é comumente usado por gestantes, considerando que ITUs são as infecções bacterianas mais comuns durante a gravidez. Importante estudo realizado com gestantes norueguesas investigou se é seguro consumir cranberry na gestação. 

Cranberry na gestação

O mecanismo de ação do cranberry não foi totalmente elucidado, embora se acredite que seja atribuído a dois componentes, proantocianidinas e frutose.

Foi demonstrado que esses dois componentes inibem a aderência de bactérias às células que revestem a parede da bexiga, mas não parecem ter a capacidade de liberar bactérias já aderidas a essas células. No entanto, são escassas as evidências sobre a segurança e a eficácia do seu uso durante a gravidez.

Estudo norueguês: cranberry na gestação

Este estudo de Coorte norueguês é a primeira pesquisa a investigar a segurança do uso de cranberry durante a gravidez, incluindo quaisquer efeitos sobre malformações congênitas e resultados selecionados da gravidez.

Entre as 68.522 mulheres avaliadas, 919 (1,3%) haviam usado cranberry durante a gravidez. E entre as mulheres que usaram cranberry, 60,3% tiveram ITUs em qualquer momento durante a gestação.

As ITUs são as infecções bacterianas mais comuns na gravidez e podem ser classificadas como assintomáticas ou sintomáticas. A incidência de bacteriúria assintomática na gravidez é semelhante à incidência em mulheres não grávidas. No entanto, as mulheres grávidas têm um risco aumentado de progressão da bacteriúria assintomática em pielonefrite em comparação com mulheres não grávidas.

O uso do cranberry durante a gravidez não demonstrou risco aumentado de malformações congênitas, natimortos/óbito neonatal, parto prematuro, baixo peso ao nascer, feto pequeno para a idade gestacional, baixo índice de Apgar e infecções neonatais.

Entretanto, o estudo apontou um risco aumentado de sangramento vaginal após a 17ª semana de gestação entre as mulheres que usaram cranberry no final da gravidez. Tal risco pode ser atribuído à quantidade significativa de ácido salicílico que possui, podendo inibir a agregação plaquetária.⠀⠀⠀

Como conclusão, os pesquisadores afirmaram que o cranberry não pareceu ser uma autoterapia adjuvante prejudicial em relação aos dados encontrados.

Referência

Heitmann, Kristine et al. “Pregnancy outcome after use of cranberry in pregnancy–the Norwegian Mother and Child Cohort Study.” BMC complementary and alternative medicine vol. 13 345. 7 Dec. 2013, doi:10.1186/1472-6882-13-345



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