Há uma relação entre doenças crônicas, inflamação e depressão. Evidências crescentes indicam que as citocinas inflamatórias contribuem para o desenvolvimento de depressão em indivíduos clinicamente doentes e clinicamente saudáveis.

Citocinas inflamatórias
Tem havido um grande interesse nos efeitos das citocinas do sistema imune inato no cérebro e no comportamento. As citocinas são importantes no desenvolvimento do cérebro e podem promover a função cerebral saudável, apoiando a integridade neuronal, neurogênese e sináptica remodelação.
Além de seu papel no desenvolvimento e na função cerebral, as citocinas têm a capacidade de influenciar neurocircuitos e sistemas de neurotransmissores para produzir alterações comportamentais.
As citocinas inflamatórias agudas e a ativação do sistema imune inato produzem respostas comportamentais adaptativas que promovem a conservação de energia para combater infecções ou recuperação de lesões. No entanto, a exposição crônica a citocinas inflamatórias elevadas e as alterações persistentes no neurotransmissor podem levar a distúrbios neuropsiquiátricos e depressão.
Inflamação e depressão
Estudos mostram que os pacientes que apresentam inflamação aumentada durante doenças crônicas desenvolvem depressão e fadiga em taxas mais altas do que a população em geral.
Por exemplo, pacientes com câncer exibem citocinas pró-inflamatórias circulantes elevadas e desenvolvem depressão e fadiga em taxas que se aproximam de 50%.
Distúrbios autoimunes, incluindo esclerose múltipla, doença reumática, asma e alergias, também estão associados a altas taxas de sintomas neuropsiquiátricos e depressão.
Da mesma forma, pacientes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que está associado ao aumento da produção de citocinas inflamatórias, manifestam complicações neuropsiquiátricas, como declínio cognitivo e distúrbio psicomotor, e, muitas vezes, depressão e fadiga.
Esses dados sugerem que a ativação imune inata durante doenças crônicas, caracterizada por elevações nas citocinas inflamatórias, pode contribuir para as altas taxas de depressão e outros sintomas neuropsiquiátricos em populações clinicamente doentes.
Fatores de risco e prevenção
O aumento das citocinas inflamatórias circulantes e da PCR são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças associadas à inflamação, como doenças cardíacas e diabetes tipo 2. Indivíduos com depressão apresentam risco aumentado de comorbidades e mortalidade.
Embora haja uma ampla gama de mecanismos imunológicos e neurobiológicos que podem explicar a depressão induzida por citocinas, muitas das intervenções terapêuticas propostas estão em estágios conceituais ou pré-clínicos. Sendo assim, cuidar da inflamação é tratar da doença, mas também evitar o risco de depressão.
Referência

…
INFLAMAÇÃO
Dos genes à modulação
UM LIVRO DE GABRIEL DE CARVALHO
Aprenda a identificar e tratar inflamações crônicas e agudas usando ferramentas da Nutrição Funcional.
…
ADQUIRA O SEU COM BÔNUS EXCLUSIVOS!
….
>>>
>>>
Você quer saber mais sobre INFLAMAÇÃO? Leia outros posts sobre o assunto clicando aqui!