O comprometimento cognitivo relacionado à idade tornou-se um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. Como ainda não estão disponíveis terapias farmacológicas eficazes para a função cognitiva, a identificação de fatores de risco potencialmente modificáveis é fundamental na prevenção do declínio cognitivo para os idosos.
Uma dieta de alta qualidade é considerada um fator protetor crítico na função cognitiva em idosos. O efeito benéfico é mais pronunciado para pessoas acima dos 80 anos.
Diversidade dietética em idosos
Um estudo de coorte prospectiva examinou o efeito de mudanças na diversidade da dieta no comprometimento cognitivo de 6.237 idosos acima de 80 anos.
O escore de diversidade alimentar (DDS) foi avaliado por meio de um questionário simplificado de frequência alimentar. A pesquisa coletou informações sobre consumo de vegetais frescos, alimentos à base de feijão, peixe, frutas frescas, chá, alho, carne, ovos e vegetais em conserva.
Grandes declínios nas pontuações de mudança de DDS resultaram em maior risco de comprometimento cognitivo entre os idosos. No entanto, uma melhora pequena ou grande de DDS pode atenuar o risco.
Os longevos são susceptíveis às alterações da diversidade alimentar devido a perda de apetite, degeneração do aparelho digestivo e menor condição econômica. Mulheres e analfabetos foram mais facilmente afetados pela mudança de DDS.
Impacto na função cognitiva
Os efeitos protetores para a função cognitiva foram observados para a adesão ao alto padrão de mudança de DDS de base animal e DDS de base vegetal. Alguns componentes da dieta e os efeitos sinérgicos de diferentes grupos de alimentos podem ter um efeito anti-inflamatório e antioxidante no cérebro, afetando vias neuronais e mediadores fisiológicos.
Isso significa que a manutenção de baixa diversidade alimentar causa danos oxidativos graves. Evidências mostram que um declínio extremo na DDS exerce um efeito severo sobre as doenças cardiovasculares, câncer e mortalidade geral.
Acredita-se que o declínio no DDS pode alterar a composição do microbioma afetando o desempenho cognitivo do eixo cérebro-intestino-microbioma.
Melhorar a diversidade alimentar na prática clínica é benéfico para proteger a função cognitiva mesmo na fase final da vida.
Referência
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