Os efeitos insulinêmicos dos alimentos podem ser relevantes para o tratamento e para a prevenção do ganho de peso, do diabetes mellitus não-insulino-dependente e de complicações associadas. Estudos recentes mostraram que dietas ricas em carboidratos, que resultam em altas respostas pós-prandiais de glicose e insulina, são associadas a perfis lipídicos indesejáveis, maior gordura e ao desenvolvimento de resistência à insulina em ratos e humanos. 

Dietas insulinogênicas

Tanto a obesidade quanto o diabetes mellitus não-insulino-dependente estão associados com vários graus de resistência à insulina e hiperinsulinemia em jejum. Graus prolongados ou altos de insulinemia pós-prandial podem contribuir para o desenvolvimento de resistência à insulina e doenças associadas. Sendo assim, a classificação dos efeitos insulinêmicos de diferentes alimentos tem importância teórica e prática.

Efeitos insulinêmicos 

As respostas da glicemia pós-prandial têm sido o foco de muitas pesquisas devido à sua importância para o controle glicêmico em pacientes com diabetes.

As respostas de insulina pós-prandial nem sempre são proporcionais às concentrações de glicose no sangue ou ao conteúdo total de carboidratos de uma refeição. Diferentes alimentos contendo quantidades iguais de carboidratos podem produzir uma ampla gama de respostas de glicose no sangue.

O estudo referenciado comparou sistematicamente as respostas da insulina pós-prandial a porções isoenergéticas de 1.000KJ de vários alimentos comuns.

Os escores de glicose e insulina foram altamente correlacionados, porém alimentos ricos em proteínas e produtos de panificação altamente refinados provocaram respostas de insulina desproporcionalmente maiores do que respostas glicêmicas.

Vários alimentos com índices glicêmicos semelhantes tinham índices insulínicos díspares, como sorvete e iogurte, arroz integral e feijão cozido, bolo e maçãs e rosquinhas e macarrão integral. Pão e batata estavam entre os alimentos mais insulinogênicos.

As dietas insulinogênicas

Os resultados indicam que dietas ocidentais típicas provavelmente são significativamente mais insulinogênicas do que dietas mais tradicionais baseadas em alimentos menos refinados.

Enfim, o estudo aponta que dietas com baixo teor de gordura, com alimentos menos refinados e ricos em carboidratos com índices insulínicos relativamente baixos podem ajudar a aumentar a saciedade, na perda de peso, a melhorar a glicemia e o controle lipídico.

Mais estudos são necessários para determinar se o conceito de índice insulínico é reprodutível em todo o mundo, previsível em um contexto de refeição mista e clinicamente útil no tratamento de diabetes, hiperlipidemia e excesso de peso. As orientações dietéticas passam por mudanças consideráveis ​​e continuarão a ser modificadas na medida em que nossa compreensão sobre as relações entre padrões alimentares e doenças evolui.

Referência

Holt, S H et al. “An insulin index of foods: the insulin demand generated by 1000-kJ portions of common foods.” The American journal of clinical nutrition vol. 66,5 (1997): 1264-76. doi:10.1093/ajcn/66.5.1264


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