
A fonte mais comum, mas muitas vezes subestimada, de toxicidade por cianeto é a inalação de fumaça. O gás cianeto é liberado como um produto de combustão quando certos plásticos e lã queimam. Estudos prospectivos, nos quais as concentrações de cianeto foram medidas dentro de horas de exposição à fumaça, indicam que a intoxicação por cianeto pode contribuir de forma significativa e independente para a morbidade e a mortalidade associadas com inalação de fumaça.
Em sobreviventes, foram relatados déficits cognitivos de longo prazo e problemas neuropsiquiátricos. Acredita-se que as mudanças nas sensibilidades regionais do cérebro sejam devidas ao estresse hipóxico. Os sintomas clínicos são semelhantes aos de intoxicação por monóxido de carbono. As sequelas neurológicas da intoxicação por cianeto progridem em um período de semanas a meses e podem persistir por até um ano.
O cianeto é conhecido por inibir vários sistemas enzimáticos que usam ferro para reações de redução-oxidação, mas seu principal mecanismo de toxicidade é a prevenção da utilização de oxigênio mitocondrial.
Como impede que a célula use oxigênio, a hipóxia celular ocorre mesmo na presença de níveis de oxigênio adequados ou excessivos no sangue. Órgãos com alta demanda de oxigênio, como cérebro e coração, são os mais suscetíveis ao envenenamento por cianeto.
Hidroxocobalamina como antídoto
A hidroxocobalamina pode ser um antídoto eficaz na intoxicação por cianeto.
A hidroxocobalamina é um precursor endógeno da vamina B12 que liga o cianeto à sua porção de cobalto em quantidades equimolares para formar cianocobalamina.
Quando administrada para deficiências vitamínicas, a hidroxocobalamina é normalmente dosada em microgramas ou miligramas. Quando usada como antídoto de cianeto são necessárias doses muito maiores.
Já foi estabelecido que doses intravenosas de 2,5 e 5 g são geralmente bem toleradas por humanos não envenenados, porém estudos de eficácia de antídotos em humanos são ética e logisticamente difíceis.
Em casos de exposição não complicada ao cianeto, tanto a combinação nitrito/tiossulfato quanto a hidroxocobalamina são antídotos eficazes.
No entanto, a hidroxocobalamina parece oferecer um perfil de segurança aprimorado para crianças, mulheres grávidas e vítimas de inalação de fumaça.
Assim, a hidroxocobalamina pode ser a melhor escolha nos casos em que o diagnóstico de intoxicação por cianeto é incerto ou nos casos em que a indução de metHb pode ser prejudicial.
Referência
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Suplementação Individualizada
Do papel em branco à prescrição individualizada de suplementos.
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