A relação entre alimentação e longevidade revela como o padrão alimentar pode impactar na qualidade e duração da vida

A relação entre alimentação e longevidade tem sido amplamente estudada e discutida, revelando como nossas escolhas alimentares podem impactar diretamente nossa qualidade e duração de vida. A ciência mostra que uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode não apenas prevenir doenças, mas também promover um envelhecimento saudável e prolongado. Neste artigo, você vai ler:
- Expectativa de vida no Brasil e no mundo;
- Fatores que influenciam na longevidade;
- Alimentação e longevidade: o que diz a ciência.
Expectativa de vida no Brasil e no mundo
A expectativa de vida é um indicador crucial para avaliar a saúde e o bem-estar de uma população. No Brasil, a expectativa de vida média ao nascer atingiu aproximadamente 76,2 anos em 2023, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse número representa um aumento constante ao longo das últimas décadas, refletindo melhorias significativas nos cuidados de saúde e nas condições de vida.
No entanto, no cenário global, a expectativa de vida varia amplamente entre os países. Em países desenvolvidos, como Japão e Suíça, a expectativa de vida média ultrapassa os 83 anos. Em contraste, em nações com desafios econômicos e sanitários, como alguns países da África Subsaariana, essa média pode ser significativamente menor.
Ainda, a discrepância global é influenciada por uma combinação de fatores econômicos, sociais e ambientais que afetam a qualidade de vida e os cuidados de saúde.
Fatores que influenciam na longevidade
A longevidade é influenciada por uma variedade de fatores interrelacionados que afetam a saúde e a qualidade de vida ao longo dos anos. Portanto, compreender esses fatores pode ajudar a promover hábitos e estilos de vida que contribuem para uma vida mais longa e saudável.

Alguns dos fatores que influenciam a longevidade são:
- Genética: a herança genética desempenha um papel significativo na longevidade. Indivíduos com histórico familiar de longevidade têm maior probabilidade de viver mais;
- Estilo de vida: hábitos diários, como dieta equilibrada, atividade física regular e sono adequado, são fundamentais. Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras estão associadas a uma menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade;
- Ambiente: acesso a cuidados de saúde de qualidade, condições de vida adequadas e um ambiente seguro e limpo são fatores que contribuem para uma vida mais longa;
- Saúde mental e social: manter conexões sociais, ter um propósito de vida e gerenciar o estresse de maneira eficaz estão associados a uma melhor saúde geral e longevidade;
- Cuidados médicos: a prevenção e o tratamento eficaz de doenças desempenham um papel crucial na longevidade. Acesso a exames regulares, vacinação e manejo de condições crônicas são fundamentais para aumentar a expectativa de vida;
- Educação e conhecimento: pessoas bem informadas sobre hábitos saudáveis e cuidados preventivos tendem a adotar práticas que favorecem uma vida mais longa e saudável.
Esses fatores interagem de maneira complexa e variada, mas adotar um estilo de vida saudável e estar atento a fatores de risco podem contribuir significativamente para uma vida mais longa e satisfatória.
Alimentação e longevidade: o que diz a ciência
No Reino Unido, o estudo Life expectancy can increase by up to 10 years following sustained shifts towards healthier diets in the United Kingdom estimou os ganhos de expectativa de vida a partir de uma mudança sustentada. Ou seja, mudanças na dieta para o resto da vida, de padrões alimentares medianos ou pouco saudáveis para um padrão alimentar associado à longevidade.
Nesse sentido, os resultados indicaram que adultos com 40 anos de idade e padrões alimentares medianos podem esperar ganhar aproximadamente 3 anos de expectativa de vida devido às mudanças sustentadas nos padrões alimentares associados à longevidade.
No entanto, para aqueles que mudam de padrões alimentares pouco saudáveis para padrões alimentares associados à longevidade, o ganho estimado na expectativa de vida é de aproximadamente uma década.
Além disso, os ganhos previstos na expectativa de vida foram mais baixos quando a mudança alimentar é iniciada em idades mais avançadas. Estimou-se que as pessoas com 70 anos de idade poderiam se beneficiar de cerca da metade do aumento da expectativa de vida previsto para adultos de meia idade.
Isso seria equivalente a um ganho de 1,5 anos quando mudam de padrões alimentares medianos e 4 a 5 anos quando mudam dos padrões alimentares mais prejudiciais à saúde.

Ainda, o padrão alimentar associado à longevidade apresentou: consumo moderado de grãos integrais, frutas, peixe e carne branca; elevada ingestão de leite e laticínios, vegetais, nozes e legumes; ingestão relativamente baixa de ovos, carne vermelha e bebidas açucaradas; e baixa ingestão de grãos refinados e carnes processadas.
As associações positivas mais benéficas foram para cereais integrais, legumes e nozes, enquanto as bebidas açucaradas e carne processada apresentaram pior desempenho com forte associação com mortalidade.
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Por fim, o estudo ratifica que estes grupos alimentares devem ser alvos específicos para os profissionais na orientação dos pacientes. Como você tem usado a Nutrição Funcional para ampliar a longevidade de seus pacientes?
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