A amenorreia hipotalâmica funcional (AHF) é um dos distúrbios menstruais mais comuns entre as mulheres em idade fértil. É uma condição muito complexa e muitas vezes não diagnosticada. Além disso, as intervenções terapêuticas não abordam todas as causas do transtorno, trazendo implicações. Os relatórios científicos apontam que a AHF pode ser revertida modificando suas causas. Abordagens da Nutrição Funcional podem contribuir para a reversão do quadro e restabelecimento da saúde da mulher.
Diagnosticada em mulheres com ampla faixa de peso e gordura corporal, seu principal determinante é uma combinação de estresse psicossocial e metabólico. Para tratamento, as causas precisam ser identificadas e modificadas.

Nutrição Funcional como tratamento
Alguns relatórios sugerem que AHF é uma forma mais leve de transtorno alimentar, com um grau muito menor de transtornos mentais e comprometimento cognitivo.
Uma condição importante para o desenvolvimento de AHF é a baixa disponibilidade calórica da dieta e/ou o aumento do gasto energético vinculado à atividade física, o que gera um déficit de energia que se traduz em estresse metabólico.
A AHF está intimamente relacionada com a regulação de todo o sistema endócrino e sistema neurotransmissor.
É importante garantir um suprimento ideal de gordura e carboidratos na dieta para apoiar o sistema endócrino. Cada macronutriente tem um papel individualizado no corpo, o que também é crucial no contexto da função menstrual e da disponibilidade de energia.
Vale destacar o papel dos ácidos graxos ômega-3 na redução da inflamação associada a um espectro de interações. Eles demonstraram reduzir o estresse e a ansiedade percebidos na TPM e na menopausa, que são estados em que a quantidade de hormônios sexuais é baixa, como na AHF.
Micronutrientes também desempenham um papel importante. Atenção especial deve ser dada à vitamina D3 e ao cálcio. Estudos também sugerem a possibilidade de escassez de magnésio, zinco, ferro e ácido fólico. A melhor solução é uma dieta usando alimentos com alto potencial nutritivo.
Restabelecendo a saúde da mulher
Considerando a patogênese geral da AHF e seu impacto na saúde da mulher, a abordagem mais sensata é combinar a melhora do estado nutricional com atividade física e psicoterapia e trabalhar o estresse diário. Além disso, é importante garantir que o paciente obtenha uma boa qualidade e quantidade de sono.
É muito importante manter contínua e consistentemente as mudanças iniciadas. Os estudos demonstram que, quanto maior o tempo de dano e transtorno, maior o tempo necessário para regular e recuperar. Além disso, a individualização das intervenções é crucial. Uma abordagem interdisciplinar parece ser a melhor solução para promover um prognóstico promissor.
Referência
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